sábado, 20 de agosto de 2011

Câmara lota para pedido de perdão de Rodovalho


QUA, 17 DE AGOSTO DE 2011 13:44 SONIA MARQUES

Uma noite para entrar para a história de Cotia. Como há muito tempo não acontece, a sessão da Câmara de vereadores de terça-feira (16) lotou, principalmente de professores. Eles estavam lá para ouvir o pedido de perdão do vereador Beto Rodovalho (PMN). Na sessão anterior ao usar a tribuna, Rodovalho, revoltado com a panfletagem da categoria reivindicando melhorias, abriu seu discurso com a frase “às vezes acho que devemos dar porrada”, o que provocou grande reação no magistério.
Visivelmente nervoso e abalado, o vereador que ao longo de toda a semana foi questionado por professores e eleitores por seu posicionamento, desta vez preferiu não improvisar o discurso e leu um texto previamente elaborado.

“O que disse no discurso da última sessão ordinária, realizada em 8 de agosto, foi um desabafo, interpretado com maldade por uma frase que apareceu apartada do contexto”, disse Rodovalho que em nenhum momento usou palavra “desculpas” ou “perdão”, como havia dito que faria.
“Me senti ofendido pois achei precipitada a distribuição do panfleto que deu a impressão de que nada está sendo feito, quando na verdade, tanto o executivo como o legislativo estão unidos para a melhor solução em benefício dos professores”.
As demais colocações do vereador como “estou fazendo papel de palhaço” e perdi meu tempo atendendo professores” não foram mencionadas. Abaixo, a íntegra do discurso:
“Venho a essa tribuna para justificar o fato ocorrido na sessão passada. Fui mal interpretado por uma frase que não saiu da minha boca. Como iria contra minha própria classe? Fui presidente do grêmio estudantil Pedro Casemiro Leite. Sempre apoiei e continuarei apoiando todas as reivindicações dos professores e desde que elas sejam legítimas tem o apoio deste vereador. O que disse no discurso da última sessão ordinária, realizada em 8 de agosto, foi um desabafo, interpretado com maldade por uma frase que apareceu apartada do contexto.
Recentemente recebemos na Câmara uma comissão de representantes de professores municipais onde fomos informados das dificuldades que eles estão enfrentando para que seja aceitos os certificados de conclusão de curso para pontuação no plano de carreira. Os vereadores ficaram a disposição dos professores para buscar a melhor solução possível. Participei de várias reuniões para tentar resolver esta e outras questões, cumprindo assim a minha função que é de legislar a favor de toda a comunidade, independente de qual classe pertence. A Secretaria de Educação se prontificou em analisar as reivindicações e declarou que dará resposta em 26 de agosto.
Quando me referi ao mandato do falecido Mario Covas, é que na época por diversas vezes participei de manifestações a favor dos professores e éramos recebidos com violência. O que não acontece hoje. Participei de diversas manifestações em favor do passe escolar em que alunos e professores se reuniam em favor dessa grande luta que hoje se tornou realidade. Tenho muito respeito pelos professores, categoria da qual faço parte. Mas me senti ofendido pois achei precipitada a distribuição do panfleto que deu a impressão de que nada está sendo feito quando na verdade, tanto o executivo como o legislativo estão unidos para a melhor solução em benefício dos professores, profissionais da educação. A frase proferida não saiu da minha boca. Desde já deixo ciente a todos e se de alguma forma fui interpretado errado, está aqui a minha justificativa”.

A reação ao discurso teve um misto de palmas e vaiais. Os professores que haviam feito nova panfletagem no centro de Cotia em função do “Dia de Mobilização pela Lei do Piso e em Defesa da Educação”, portavam faixas com palavras de ordem, uma delas, “Porrada não!Educação Sim!”
Corporativismo
Alguns vereadores foram em defesa do colega acusando a matéria de tendenciosa e mentirosa, o que não ocorreu nem mesmo na fala do vereador pivô da situação, Rodovalho. O petista Giba Marcelino, disse que não se lembrava ter ouvido o vereador dizer a frase publicada. Já o seu colega Toninho Kalunga chamou esta jornalista de mentirosa e tendenciosa, mas ressaltou que todas as demais colocações foram reais, menos a manchete da matéria.
O líder do governo Givaldo da Costa (DEM) foi mais cauteloso e preferiu aproveitar os 5 minutos e a casa cheia para ressaltar o trabalho do prefeito e da secretaria de educação, como o aumento dos professores e outras melhorias para a categoria. Mesma tática usada por Esquisito. O peemedebista Rogério Franco atacou nominalmente a jornalista e o cotiatododia “jornalistas tendenciosos que usam um meio de comunicação para falar inverdades”.
Os professores reagiram. Saíram da sessão ao som de ““Porrada não!Educação Sim!”. Antes disso, um fato inédito ocorreu. O presidente da Casa, Paulinho Lenha chegou a abrir espaço para que os professores usassem a tribuna para também se manifestarem e exporem seus problemas. Os professores dispensaram o uso da tribuna, mas este assunto será tratado em outra matéria.
O pedido de desculpas de Rodovalho veio em bloco, já com a sessão esvaziada, no final, ao usar a tribuna novamente, em explicação pessoal, o vereador pediu desculpas por todos os erros cometidos durante seu mandato, “se errei peço perdão, mais continuarei trabalhando em prol da comunidade”.

A reação ao discurso teve um misto de palmas e vaiais. Os professores que haviam feito nova panfletagem no centro de Cotia em função do “Dia de Mobilização pela Lei do Piso e em Defesa da Educação”, portavam faixas com palavras de ordem, uma delas, “Porrada não!Educação Sim!”
Corporativismo
Alguns vereadores foram em defesa do colega acusando a matéria de tendenciosa e mentirosa, o que não ocorreu nem mesmo na fala do vereador pivô da situação, Rodovalho. O petista Giba Marcelino, disse que não se lembrava ter ouvido o vereador dizer a frase publicada. Já o seu colega Toninho Kalunga chamou esta jornalista de mentirosa e tendenciosa, mas ressaltou que todas as demais colocações foram reais, menos a manchete da matéria.
O líder do governo Givaldo da Costa (DEM) foi mais cauteloso e preferiu aproveitar os 5 minutos e a casa cheia para ressaltar o trabalho do prefeito e da secretaria de educação, como o aumento dos professores e outras melhorias para a categoria. Mesma tática usada por Esquisito. O peemedebista Rogério Franco atacou nominalmente a jornalista e o cotiatododia “jornalistas tendenciosos que usam um meio de comunicação para falar inverdades”.
Os professores reagiram. Saíram da sessão ao som de ““Porrada não!Educação Sim!”. Antes disso, um fato inédito ocorreu. O presidente da Casa, Paulinho Lenha chegou a abrir espaço para que os professores usassem a tribuna para também se manifestarem e exporem seus problemas. Os professores dispensaram o uso da tribuna, mas este assunto será tratado em outra matéria.
O pedido de desculpas de Rodovalho veio em bloco, já com a sessão esvaziada, no final, ao usar a tribuna novamente, em explicação pessoal, o vereador pediu desculpas por todos os erros cometidos durante seu mandato, “se errei peço perdão, mais continuarei trabalhando em prol da comunidade”.

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